quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Não há como dizer...

Eu comecei e recomecei este post inúmeras vezes... Escrevi parágrafos e apaguei, palavras e mais palavras que surgiram e depois perdiam o sentido, nenhuma delas conseguiu de fato falar e expressar tudo o que eu queria realmente dizer... Sinceramente? Não sei se conseguirei. Na verdade não sei nem se isso é possível... Sei que existem coisas lindas e maravilhosas para serem ditas, mas eu não me satisfaço com o pouco que as palavras me dão quando eu dimensiono o que existe em mim, hoje... [E eu sei que o post não vai ficar bom, mas eu preciso escrever qualquer coisa...]

Você há muito tempo se foi... Não totalmente, mas se tornou uma constante ausência e saudade dentro dos meus dias vividos repletos de nostalgia... Uma verdade não vivida ainda, um filme cheio de cenas imaginadas e jamais sentidas, desejos e vontades não cumpridas, eu e você, você e eu... Naquele momento, eu sem você... E mesmo assim, tudo em mim era esperança e fé, vividas a cada instante na duvida de um outro dia, um dia a mais, um momento futuro... Parei de brigar com meus sentimentos e lutar para que tudo que me lembrasse você sumisse de mim, da minha volta, das fotos no mural, das musicas, lembranças, saudades, pensamentos... Da minha vida... Parei de me questionar, parei de desejar, parei de chorar... Parei de fechar os olhos e buscar os seus, que dia após dia sumiam lentamente das minhas lembranças... Eu já não recordava mais o seu cheiro, o seu toque, não lembrava a textura dos seus cabelos... Parei de brigar com o tempo... Não que eu tenha começado a compreende-lo e a aceitar que as coisas tinham simplesmente que acontecer assim, mas já não me cabia mais, não tinha mais forças, já não era, nem seria, nem foi, nem jamais.
Da inesperada partida a vida trouxe novamente inesperadas surpresas... Inesperados reencontros. Inesperados momentos.
Não há como descrever os inúmeros segundos que passei e o que causaram dentro de mim porque não há palavras suficientes e capazes de dizer, de expressar...
O que eu simplesmente posso afirmar é que você, de novo, mexeu comigo... De uma forma diferente desta vez. Agora eu entendi o valor de um momento, como ele pode ser intenso, especial e simplesmente ser... Sem ontem, sem amanha, sem mais... Ser simplesmente, essência... Muito mais [obrigada Fernando!!]...
Nos instantes que te senti perto de mim aproveitei pra que você jamais esquecesse meu toque, meus carinhos, e a intensidade com que vivo cada minuto ao seu lado... Aproveitei pra sentir sua respiração, o bater do seu coração ritmado, o toque suave da sua pele, os seus traços, seus olhos... Tudo em ti passou a pertencer a mim, um pouquinho a mais... Um momento a mais...
Já não há o que dizer por mais que eu queria e por mais que as palavras insistam em saltar... Nada é pleno, nada é suficiente, nada será, jamais, eterno...
Um momento a mais que me deu motivos a mais para sorrir e afirmar que a vida é inesperada, linda, surpreendente... E mais, um momento a mais que me deixou afirmar que sim, o mundo dá voltas e nas curvas que traçamos pelo nosso caminhos caímos, as vezes, em abismos e desconhecidos, mas agora levo sempre a certeza que na próxima curva, eu posso te ver vindo na minha direção... De calcas jeans e camisetas pretas... Um olhar cor de mel e um abraço apertado pra acabar com a minha saudade e me preencher de presença...
Seu cheiro, seu toque, você inteiro estão dentro de mim... Por ontem e por hoje... Amanha já não me cabe saber... Já não importa... Se assim for que seja... Inesperado. Surpreende.
Que seja. Um momento a mais. Simplesmente.
E já que não consigo falar por minhas palavras, pego algumas emprestadas...

“E toda vez que vier, felicidade vai trazer, a cada vez que quiser, basta a gente querer, ser desta vez a melhor. E toda vez que vier, felicidade a mais, a cada vez que quiser, basta a gente dizer, uma só vez, uma só voz...” (Moveis Coloniais de Acajú)

Obrigada. Por cada segundo. Por cada lembrança. Obrigada pelo eterno.
Mais do que nunca faço valer e prevalecer desta: “Lembra o que valeu a pena, foi nossa cena não ter pressa pra passar” (TM)

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