segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Tudo permanecerá...

É sempre intrigante que as nossas mais “doces e lindas” palavras são sempre ditas quando algo dentro de nós chora e sangra... Por que não há beleza naquilo que é dito sorrindo? Por que só há belo quando há dor, sofrimento e tristeza?
Os dias ensolarados que existiam dentro de mim se foram com uma brisa suave que passou por mim e eu nem percebi... Levou com ela os raios de sol, as recordações, os momentos que impulsionavam o prazer de viver e que estouravam sorrisos espontâneos e sem sentido nos lábios... A mesmo brisa que passou trouxe um vendaval deixando o tempo cinza aqui dentro. Trouxe a tristeza, a solidão e a amargura de se sentir só, ferida e sangrando mais uma vez...
As vezes quando a madrugada avança a noite e o céu chega a dar medo pela imensidão da escuridão e fecho os olhos, sinto o vento e só me pergunto o porque ou o porque não de tudo isso... Mas ai o instante seguinte já trás o amanhecer e o tempo já se foi e eu, mais uma vez, nem vi, percebi, vivi...
Os pensamentos que voam e pairam de lá pra cá me pedem pra te deixar partir e seguir, enquanto meu coração se derrama em piedade e desespero pedindo pra você voltar e ficar... E quando eu choro e suspiro e me inspiro e respiro eu me pergunto com relutância e incredulidade até quando vou precisar sofrer e sangrar pra que você perceba que eu amo você demais... Aonde faltou coragem, amor, ousadia... Fui eu ou você? Foi à vida, o destino ou o caminho que nos fez assim? Enfim...
As escolhas foram feitas, sua felicidade paira à toda sua volta e eu continuo à margem de ti, num canto qualquer à espera de você... Eu não vou dizer que desisti, apenas que, por agora, cansei de sofrer...
O demais já transbordou, a saudade, a dor, o sangrar, as feridas ainda abertas, a lágrima ainda molhada, a ausência... O que faltou ficou, o amor, o carinho, o desejo, o sorriso...
Já não me cabe o amanha, o nós dois, o inteiro... Só me cabe o ontem, o eu, a metade que restou...
Tudo em mim permanecerá em ti, até que a vida me leve por caminhos onde eu possa reencontrar minhas partes... Guarde com carinho o que eu fui, não fui e desejei ser por mim, por você, por nós dois... Não esqueças jamais que lhe amei e lhe amarei a eternidade dos dias que se passarão sem você...

“Lembra [sempre] o que valeu a pena...” (TM)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Amanha...

O que traz o amanha?

Traz um novo nascer do sol que surge no horizonte trazendo consigo novos ventos e a esperança renovada daqueles sonhos e desejos que insistem em habitar nossa alma... Traz um despertar mais sereno, com um dia pela frente onde tudo pode ser diferente, ou igual, onde pode ser mais um dia, ou um dia especial... Traz a lembrança do ontem, a nostalgia de sorrisos e vozes que já não aparecem mais, que já na escuto mais... Traz a fé de um futuro que pode ser e quem sabe se será ou não será, já não me cabe mais perguntar, saber, entender... Traz a dor de dias que passaram e não voltam mais, a saudade apertando no peito, a tristeza pairando no ar, a solidão rodeando a minha volta... Amanha tocarão as mesmas musicas, amanha passarei pelas mesmas ruas e calçadas, seguirei pelo mesmo caminho sem saber onde ele me levará... E mais uma vez que continuo seguindo, pelas sombras e abismos, cantos e destinos, deixando resquícios e indícios meus pra trás, esperando o dia que, novamente, te verei caminhar em minha direção...
Amanha é distante demais, é instante eterno do ontem vivido e desejado para o segundo seguinte... Amanha é o que eu queria hoje e não aconteceu, é o deixei pra depois e ficou, é o que não permanecerá, o que ficará pelo caminho... O amanha é o que seguirá em mim, meus sonhos e olhares, desejos e afins, meus sentimentos e recordações, meus momentos, sorrisos, desilusões...
Amanhã é o belo, o incerto, a duvida, a certeza, o sonho, a bonança, a tempestade, o desejo, não sou eu, não é você, somos nós.
Ei... Amanha eu ainda estarei aqui. Um coração. Uma vida. Uma alma. Sempre, a te esperar... Nao demora... Estou sentindo sua falta...
Ao som de 22-11 (Teatro Mágico)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Não há como dizer...

Eu comecei e recomecei este post inúmeras vezes... Escrevi parágrafos e apaguei, palavras e mais palavras que surgiram e depois perdiam o sentido, nenhuma delas conseguiu de fato falar e expressar tudo o que eu queria realmente dizer... Sinceramente? Não sei se conseguirei. Na verdade não sei nem se isso é possível... Sei que existem coisas lindas e maravilhosas para serem ditas, mas eu não me satisfaço com o pouco que as palavras me dão quando eu dimensiono o que existe em mim, hoje... [E eu sei que o post não vai ficar bom, mas eu preciso escrever qualquer coisa...]

Você há muito tempo se foi... Não totalmente, mas se tornou uma constante ausência e saudade dentro dos meus dias vividos repletos de nostalgia... Uma verdade não vivida ainda, um filme cheio de cenas imaginadas e jamais sentidas, desejos e vontades não cumpridas, eu e você, você e eu... Naquele momento, eu sem você... E mesmo assim, tudo em mim era esperança e fé, vividas a cada instante na duvida de um outro dia, um dia a mais, um momento futuro... Parei de brigar com meus sentimentos e lutar para que tudo que me lembrasse você sumisse de mim, da minha volta, das fotos no mural, das musicas, lembranças, saudades, pensamentos... Da minha vida... Parei de me questionar, parei de desejar, parei de chorar... Parei de fechar os olhos e buscar os seus, que dia após dia sumiam lentamente das minhas lembranças... Eu já não recordava mais o seu cheiro, o seu toque, não lembrava a textura dos seus cabelos... Parei de brigar com o tempo... Não que eu tenha começado a compreende-lo e a aceitar que as coisas tinham simplesmente que acontecer assim, mas já não me cabia mais, não tinha mais forças, já não era, nem seria, nem foi, nem jamais.
Da inesperada partida a vida trouxe novamente inesperadas surpresas... Inesperados reencontros. Inesperados momentos.
Não há como descrever os inúmeros segundos que passei e o que causaram dentro de mim porque não há palavras suficientes e capazes de dizer, de expressar...
O que eu simplesmente posso afirmar é que você, de novo, mexeu comigo... De uma forma diferente desta vez. Agora eu entendi o valor de um momento, como ele pode ser intenso, especial e simplesmente ser... Sem ontem, sem amanha, sem mais... Ser simplesmente, essência... Muito mais [obrigada Fernando!!]...
Nos instantes que te senti perto de mim aproveitei pra que você jamais esquecesse meu toque, meus carinhos, e a intensidade com que vivo cada minuto ao seu lado... Aproveitei pra sentir sua respiração, o bater do seu coração ritmado, o toque suave da sua pele, os seus traços, seus olhos... Tudo em ti passou a pertencer a mim, um pouquinho a mais... Um momento a mais...
Já não há o que dizer por mais que eu queria e por mais que as palavras insistam em saltar... Nada é pleno, nada é suficiente, nada será, jamais, eterno...
Um momento a mais que me deu motivos a mais para sorrir e afirmar que a vida é inesperada, linda, surpreendente... E mais, um momento a mais que me deixou afirmar que sim, o mundo dá voltas e nas curvas que traçamos pelo nosso caminhos caímos, as vezes, em abismos e desconhecidos, mas agora levo sempre a certeza que na próxima curva, eu posso te ver vindo na minha direção... De calcas jeans e camisetas pretas... Um olhar cor de mel e um abraço apertado pra acabar com a minha saudade e me preencher de presença...
Seu cheiro, seu toque, você inteiro estão dentro de mim... Por ontem e por hoje... Amanha já não me cabe saber... Já não importa... Se assim for que seja... Inesperado. Surpreende.
Que seja. Um momento a mais. Simplesmente.
E já que não consigo falar por minhas palavras, pego algumas emprestadas...

“E toda vez que vier, felicidade vai trazer, a cada vez que quiser, basta a gente querer, ser desta vez a melhor. E toda vez que vier, felicidade a mais, a cada vez que quiser, basta a gente dizer, uma só vez, uma só voz...” (Moveis Coloniais de Acajú)

Obrigada. Por cada segundo. Por cada lembrança. Obrigada pelo eterno.
Mais do que nunca faço valer e prevalecer desta: “Lembra o que valeu a pena, foi nossa cena não ter pressa pra passar” (TM)

sábado, 31 de outubro de 2009

Por ontem, por hoje, pelo amanha de sempre...

Os dias tem se tornado mais tranqüilos, ou não, assim como o tempo que muda de um instante para outro, algo em mim também muda, do instante ali que já passou, pro instante que veio e mais uma vez já foi.
Eu já não brigo mais com o tempo que insiste em passar, apenas espero, pacientemente o momento verdade chegar. Eu não tenho mais forças pra lutar contra algo em mim muito maior, imensurável, indescritível, inexplicável... Tudo o que há de mais lindo, mais sincero, mais puro que já houve em cada canto do meu ser hoje respira, transpira, suspira seu silencio, sua ausência, minha saudade [seu nome] por cada espaço onde sobram as tantas coisas que me faltam... Eu já não deixo mais as lágrimas rolarem pela minha face, já não brigo com a vida pelas minhas quedas e dores, já não mais, já não ontem, nem hoje, tampouco amanha... Já não me importa mais que você pouco se importa, a indiferença que povoa a minhas certezas quando penso em você...
Você não se importa, mas eu me importo.
Me importo sim, com seus dias de sol ou de chuva [e se de chuva, será que você levou o guarda-chuva?], se de calor ou frio [frio? Será que você levou blusa?], se está em casa ou não, se está se alimentando bem, dormindo bem... Sim, me importo com um café quente, um cafuné quando chegar, uma cama cheirando alfazema, uma estrela no céu à brilhar para iluminar sua noite, seu cheiro a pairar pela casa, preenchendo os cômodos com sua presença e nossa felicidade...
Já não peço mais a Deus que amenize a minha dor e faça tudo em mim parar de sofrer, peço apenas todos os dias que alimente minha fé e minha esperança, que me dê forças pra acreditar, e mais do que isso, peço todos os dias a Deus que te guarde mais do que a mim mesma, que te proteja de todo o mal, que afaste de ti todo o sofrimento, toda a dor, toda duvida, que estampe sorrisos nos seus lábios, preencha sua mente de bons pensamentos, seu coração de bons sentimentos e tudo em ti de sonhos e boas lembranças...
Eu não cansei de lutar, nem desisti, não que eu não quisesse ou não tivesse tentado, apenas por não ter conseguido mais sofrer eu parei de me matar a cada instante... Eu já não procuro mais armas e artifícios pra te ter perto de mim. Eu hoje apenas espero e mantenho uma chama em mim acesa que um dia você perceberá que o que existe em mim é muito maior e verdadeiro, e que eu estarei aqui [não sei se até amanha ou para sempre], mas que eu apenas sempre estarei e mais nada...

E eu só queria um instante de eterno... Um instante de eterno e mais nada....

domingo, 18 de outubro de 2009

Permita-se

Tá. Passou da hora de escrever e postar. Desculpa o abandono...

Hoje me perguntaram porque eu não postei mais, porque não escrevi mais... E foi a partir daí que comecei o post de hoje... A minha resposta? Porque tenho muito a dizer a não sei o que falar... Entre inúmeros outros motivos, claro... Então, depois de pensar [não muito] eu, finalmente, conclui que não postei mais porque ultimamente ando muito preocupada em me permitir...

Permita-se!
Permita-se um pouco mais...
Permita-se um sorriso, um abraço, um olhar...
Permita-se um novo amor, uma chuva, ver o mar...
Permita-se um vento, um vendaval, um sonhar...
Permita-se a brisa, a dor, um beijar...
Permita-se uma meia verdade, uma mentira inteira, acreditar...
Permita-se voar, se arriscar, tentar...
Permita-se um aprender, um entender, um recomeçar...
Permita-se um verbo, uma lágrima, um pesar...
Permita-se uma lembrança, uma ausência, uma saudade...
Permita-se o paraíso, o imperfeito, a felicidade...
Permita-se um instante, um tempo, a eternidade...
Permita-se um desejo, um querer, um tesão...
Permita-se uma emoção, uma recordação, uma explicação...
Permita-se uma ilusão, uma estação, a compreensão...
Permita-se uma canção, a imaginação, uma paixão...
Permita-se uma palavra, um significado, uma razão...
Permita-se uma pausa, um barulho, a existência...
Permita-se um carinho, a alma, a essência...
Permita-se cores, sabores, flores...
Permita-se uma angustia, desabafos, dores...
Permita-se poucos motivos, delírio, loucura...
Permita-se entrelinhas, sentidos, doçura...
Permita-se um colo, um anjo, candura...
Permita-se um silêncio, uma canção, um movimento...
Permita-se uma noite, uma madrugada, um desalento...
Permita-se um caminho, uma saída, uma alternativa...
Permita-se o incerto, o belo, uma iniciativa...
Permita-se o choro, a voz, a coragem...
Permita-se o ontem, o hoje, o sempre...
Permita-se ser... Permita-se viver...
Permita-se falar... Permita-se estar, ficar, se afastar...
Permita-se sentir... Permita-se, apenas, se permitir!
Até a próxima, enquanto vivo meus dias a sorrir, a te amar, a acreditar, a "esperançar", a me permitir...
E só pra não dizer que não lembrei de você...
"Pra dizer a verdade, sem você é saudade, não me esconda também o seu valor..." (Fabulosa Banda do Curinga)

domingo, 4 de outubro de 2009

A Minha Verdade...

E eu já nem esperava que os dias fossem voltar a ser ensolarados...
Um mês já havia terminado, e outro nascia repleto de novas chances pra sorrir e sonhar... E daí?! Mais um mês foi surgindo madrugada adentro, e no espaço de tempo entre o ontem, o hoje e o amanha a mesmice dos minutos que não param continuou a mesma. A madrugada avançou pela noite que impiedosamente invadia o quarto trazendo, através das frestas da janela, a nostalgia de dias que não voltam mais, a ausência tomada pelo silencio e solidão, a saudade sem explicação, a vontade de não estar, não ser, não existir...Enquanto lá fora os pássaros comemoravam a chegada do sol que trazia consigo a primavera, a menina dormia recoberta dos seus sonhos mal sonhados, dos desejos entrelaçados a uma vida distante... E como num sopro de realidade a menina acorda e é tomada pelos seus dias mal vividos, invadidos por vazios, silêncios e pontos finais.E então ecoam os questionamentos, as incertezas, a fé renovada pelas palavras ditas no silencio já não tão vazio, fazendo – a se recordar que um dia pode mudar muitas coisas preenchendo um espaço outrora interminável, imensurável, incalculável...A menina continua vagando pelo mesmo caminho, procurando entre arvores, escuros e sombras resquícios da sua existência, procurando flechas, placas, vozes perdidas... Apesar dos quês e porquês ela continua a caminhar, deixando sempre algo pra trás, imaginando o dia que você virá procurá-la...Um dia pode mudar muitas coisas. E uma delas já mudou. Os dias voltaram a ser ensolarados.Obrigada!Ecoa sempre: Você vai ser verdade. A minha verdade... Enquanto isso “Sobra Tanta Falta"...
"... Sei lá se o que me deu foi dado ou se é seu..."(Trevisan)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Só Não Demore Demais...

O que é um mês pra você?! A repetição de 30 dias iguais... É o hoje que foi ontem e que será o amanhã. Não. Não é. Hoje nada é como foi ontem... Não, hoje não é como ontem... Nem amanha será a repetição das horas que ontem se seguiram.
Da janela do meu mundo de dentro o cenário continua o mesmo. Eu continuo observando daqui as pessoas que passam, ouço as palavras que dizem, aceno, sorrio, e o tempo vai ficando para trás.
Mas hoje não é como ontem, nem haveria de ser...
O que existe no mundo de dentro não mudou. O mesmo sentimento, as mesmas esperanças. Enquanto houver uma chama acesa a fé reinará e os sonhos de nós dois permanecerão guardados, intactos - um delírio, uma paixão, um instante - ainda permanecerão dentro de mim.
Mas já não me cabe tentar lhe dizer as tantas palavras que insisto em escrever e que se perdem, ficam sem sentido e nada significam no seu mundo de dentro. Deixa pra lá não é?! Não faz diferença.
Eu já não vou me prolongar na repetição dos mesmos erros, na insistência da mesmice da espera pela procura de algo que eu não sei o que é, não sei onde fica, não sei se vai chegar, não sei se virá.
Os dias vão passando na repetição daquilo que foi outrora. Dentro de mim permanece tudo igual. Nada morreu. Nada morrerá. Nada de moveu. Nada mudou. Da janela do meu mundo de dentro eu continuo te seguindo pelas sombras escuras e frias, e você nem vê, nem percebe a minha presença. Deixa pra lá não é? Não faz diferença.
Num segundo qualquer perdido num tempo que passou e não volta eu procurei as saídas e não encontrei, já não mais chorei, nem me fiz as mesmas perguntas sem resposta... Apenas permaneci.
Talvez hoje, mas só talvez, um talvez bem vago e incerto eu tenha finalmente descoberto onde foi parar aquela menina que se perdeu, onde está a essência, onde foram parar minhas partes. Olhando pela janela, eu enxergo um mundo. Um mundo que não é meu, um mundo em que eu ainda não pertenço. E então entendo porque não posso sair... Da minha janela eu te enxergo, e então percebo que me perdi pra te encontrar, que me encontrei na perdição dos seus olhos cor de mel e viajei pro meu mundo de dentro perdido em alguma parte da sua vida, um canto qualquer, um ontem perdido nos dias que se seguiram no amanha...
Da janela do meu mundo de dentro eu vejo você acenando e sorrindo pras tantas vidas que passam e te cercam e então eu me pergunto quando chegará o dia que acenará e sorrirá pra mim e descobrirá que tudo o que você insistentemente procura, perde, encontra, esquece te espera mais perto do que imaginas. E te olhando daqui eu me pergunto quantas vidas ainda passarão por você ate que me descubras, ate que te descubras...
Meus dias não seguem na repetição das lágrimas de ontem. A ausência insistente, a solidão constante, a saudade devastadora. Me perdi em mim. Me encontrei em você. De onde eu não me acho agora só me resta esperar o dia que você trará o que é meu, a minha metade, as minhas partes que faltam... Só não demore demais. Os dias passam e já não como antes e eu sinto falta de você. E eu sinto falta de mim mesma. Eu sinto falta de nós dois.
"Quero você por inteiro e a minha metade de volta" (TM)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pensamentos Dispersos...

Belinha leu. Incentivou. Eu publiquei. (Valeu Belinha!!)
Não chega a ser um post. É um pensamento solto pela madrugada. Pra noite não terminar sem palavra.
"E então eu paro pra pensar que sempre existe em mim uma certeza de coisas que eu queria te dizer e não digo. E há sim tantas palavras por dizer, olhares pra trocar, cenas de uma história ainda não vivida. Coisas que eu mesma desenhei e escrevi e ensaiei um roteiro sozinha de uma vida à dois, de algo que não foi, um futuro que nunca chegará, um amanhã na essência dos dias jamais vividos.
Os sorrisos que não foram trocados. As conversas que não tivemos, as noites de sono, de amor, de sexo. Os lugares que jamais conhecemos. As fotos que nunca tiramos.
E tudo se foi. Acabou. Foi fim. Um fim de algo que nem teve começo. De algo que nunca foi porque nunca existiu.
Um fechar de olhos pra esquecer. Pra não lembrar. Pra tirar de mim. Pra te tirar de mim. E o que eu faço com esse enredo, com essa história, com as palavras que ficaram, os beijos que esperei, tudo que eu sinto e escondo, lamento, murmúrio, sonho.
E então eu viro a página e ta lá. Limpa, em branco, esperando um novo começo. A primeira palavra. A primeira oração. O primeiro pedido. Escrevo e re-escrevo, quantas vezes o papel deixar, até rasgar. Não dá.
No novo enredo já não há sorriso. Transborda ausência de mim e de você, saudade, espera, incerteza. Na essência do meu eu repleto de lembrança e teimosia, um pensar, sentir, sonhar que não se deve, um querer sem escolha, um amor sem opção. Na teimosia da não-aceitacão remexo as gavetas e releio o enredo antigo,onde tudo era mais bonito, onde havia sorrisos, vozes, verdades. Enquanto aqui há silêncio e mentiras que finjo acreditar.
Deixa o enredo novo pra lá. Há tanta incerteza pairando na essência. Vem cá. Arruma suas coisas. Deixa nas gavetas e cabides o que ficou pra trás. Arruma sua vida e me encaixa nos seus dias. Reserva um sorriso bonito, um abraço carinhoso. Aguarda ouvir as palavras que eu tanto guardo aqui comigo. Arruma suas coisas junto com as minhas. Sorri pra mim. Diz que sim. Arruma suas coisas e vem cá. Compartilha comigo esse enredo bonito só meu e seu. Vive minhas cenas e me deixa te assistir vivendo os seus dias comigo".

(Inspirado no blog Capim Santo escrito por Maely que conseguiu dizer tantas coisas que eu não compreendia por mim mesma. Thank’s!!)
"E a história que nem passou por nós, ainda, pronde é que foi?" (TM)

domingo, 20 de setembro de 2009

"... Enquanto Dorme o Mundo Lá Fora..."

E um dia as coisas simplesmente sumiram, desapareceram...

E aqui no meu mundo de dentro a menina que habitava não está mais. Os sonhos seguros foram levados pelo vendaval que passou e desarrumou tudo, deixou tudo de pernas pro ar...
Um constante processo de reconstrução e organização então começou. As gavetas reviraram e de cada canto re-surgiram lembranças, sonhos e momentos esquecidos...
Em um enorme saco de lixo preto eram selecionadas as coisas que já não fariam mais parte de mim, as fotos, os momentos, as lágrimas. Numa pequena caixa azul guardava o que permaneceria, os sorrisos, os abraços, os instantes...
Partes de mim faltavam como um quebra-cabeça onde se perdem peças e nos vazios existenciais re-surgia uma nova menina... Na essência de suas recentes descobertas, no secar das lágrimas choradas à pouco, do doer de seu coração triste...
E então, lentamente as coisas retornavam aos seus devidos lugares. Sonhos escondidos no criado-mudo, fotos penduradas no mural, pensamentos e perguntas soltas pelo ar, roupas e lembranças espalhadas pelo chão...
Muito do que eu fui já não sou mais... Muito do que eu sou ainda não sei... E então eu sigo procurando por algo que eu não sei o que é, caminhando para algum lugar que eu não sei aonde é, procurando alguém que não sei quem é, se sou eu ou ele, ou quem quer se seja, onde quer que esteja...
E enquanto isso eu vou ficando em meio à essa bagunça, por aqui mesmo, ouvindo as mesmas musicas, guardando todos os dias meus sonhos na gaveta, vivendo à companhia de alguém que insiste em dizer que sou eu mas que eu nem ao menos conheço, imaginando como seria se estivesse no mundo de fora, tentando descobrir se você estará lá quando eu sair, quando eu simplesmente conseguir sair daqui... E como diria a Menina das Palavras:


“É penoso e dói ser quem sou, me perguntar o que me pergunto, chegar às conclusões que chego. E é por isso que, enquanto dorme o mundo lá fora, eu permaneço de pé aqui dentro”

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Eu ainda vou estar ai....

Hoje eu li uma frase da Maíra Viana que conseguiu resumir o que páginas e páginas minhas de palavras jogadas e vomitadas não conseguiu sintetizar. E eu fiquei pensando que no final é sempre assim... A gente se arma e cria um escudo imaginário impedindo que novas possibilidades sejam criadas, que novos sorrisos surjam em nossas faces, que novos pensamentos invadam e comecem a vagar sem controle e que novos sentimentos preencham nossos corações de novos sonhos, fé e esperança renovadas... E ai por mais que a gente se cuide e se policie existe sempre um único instante em que a gente se desarma, se esquece e o destino encontra então uma brecha pra fazer o que é sua função: descontrolar nossas vidas, e brincar com nossos caminhos, colocando pedras, fazendo curvas e labirintos, onde tropeçamos nos perdemos e caímos... Mas no fundo, é como ela diz... “... Porém tudo o que desejamos é que alguém, em algum momento, esbarre em nós, derrube as certezas que carregamos e nos ajude a recolher o que ficou caído no chão...”

Você surgiu nesse momento, onde metade de mim era escudo e a outra metade desejo de que esse alguém insistisse em romper as barreiras, me desarmasse e tomasse conta de tudo em mim... Preenchesse meus vazios e tornasse meus dias mais alegres... Pegou na minha mão no único momento nos últimos tempos em que eu me encontrava desprevenida, desarmada, e isso não poderia ter acontecido. Foram 5 segundos, um toque suave, uma simples troca de olhares, e eu sabia que estava tudo perdido, sabia que então todos os meus contínuos esforços pra me manter segura no meu mundo solitário haviam ido por água abaixo... Mas mesmo sabendo que algo naquele exato instante havia mudado dentro de mim eu ainda acreditava, insistentemente e cegamente que mantinha o controle dos meus sentimentos e daquilo que desejava pra mim. Apesar de conseguir perder a razão por vários momentos, tomar decisões muitas vezes loucas para simplesmente conseguir te ver mais uma vez, eu sempre acreditei que tudo dentro de mim estava esclarecido, transparente, e acima de tudo sob controle.

E depois de tudo, do avesso que virou minha vida eu chego à simples conclusão que você faz falta nos meus dias, e eu acho muito engraçado como isso pode ser possível, se, afinal, você nunca esteve realmente presente nos meus dias para que pudesse fazer falta neles...

Mas ando aprendendo a compreender o incompreensível, e deixar de questionar todas àquelas coisas que no fundo sempre sabemos que não tem resposta. Perguntamos e então as indagações simplesmente continuam ecoando pelo infinito, sem mais, sem nada...

Você passou a povoar meus pensamentos constantemente, e sempre num segundo de dispersão tudo voava pra perto de você, e eu não tinha controle sobre isso, mas adorava quando tudo em mim recaia sobre nossos curtos momentos, nossos poucos beijos e abraços trocados, as conversas sem sentido, a amizade tentando ser conquistada, o começo de um desritmar do coração gostoso.

E então comecei a me dar conta de como algo em mim havia mudado, o sorriso sem sentido aberto só pela lembrança, o suspirar de saudade, a sensação de solidão na escuridão da madrugada...

Eu sabia que não podia sentir nada daquilo, e que não podia me permitir, mas tudo isso era sempre tão bom de ser sentido... E fui, devagar e aos pouquinhos me permitindo, indo... indo... indo...

E então nada mais era como antes. E nada mais era como deveria ser. Como eu gostaria que fosse. Como eu desejava que continuasse sendo.

E então optei por tudo isso de bonito que nascia em mim. E jurei que jamais desistiria da possibilidade de alimentar isso e fazer com que as coisas fossem, como agora meu coração desejava...

Mas um dia tudo se tornou distante, mais distante do que nunca... E ficou frio, escuro, solitário... E te via partindo cada segundo que se passava, e me via ali sem poder fazer nada... Sem saber o que fazer... Eu queria sair correndo e não te deixar partir... Dizer às coisas que há tanto tempo eu guardava e aguardava o instante certo para dizer... Mesmo uma parte de mim sabendo que não ia dar, que tudo em mim era sonho, ilusão, utopia.

Os dias ficaram então mais longos, mais ausentes de mim mesma, e cada dia aumentava mais minha angustia, cada dia o espaço de tempo entre os suspiros diminuía, a cada segundo as dores do coração diminuíram, mas diminuíram pelo simples fato de não haver mais espaço para que elas crescessem. E tudo dentro de mim ficou vazio. Enquanto eu só gostaria de poder estar ao seu lado.

A distância é cruel, me impediu de olhar mais para os seus olhos e te provar um pouco mais. Permitiu que você continuasse acreditando que eu não fazia diferença nenhuma. Me deixou insegura do que deveria ou não falar. Mas permitiu que tudo em mim aumentasse sem fim.

A distancia me manteve longe de você e eu sabia que enquanto isso não mudasse, tudo continuaria igual. A distância ainda me mantém longe de você. Mas agora você também aumenta essa distancia permanecendo ainda mais distante de mim.

A vida é longa, e os dias continuarão passando da mesma forma como antes... Apesar da distancia e da sua ausência e negação algo em mim se mantém aceso, com fé e esperança que um dia eu ainda possa te provar um pouco mais, sentir suas mãos percorrendo todo o meu corpo, seus olhos cor de mel olhando os meus castanhos profundamente, minhas mãos sentindo cada parte do seu corpo, a textura dos seus cabelos, um suspiro ao ouvido, o suor nos mantendo ainda mais unidos...

Continuo vivendo, não como antes... Mas todos os dias, ao amanhecer do sol e ao abrir dos olhos eu imagino sua doce voz me dizendo bom dia, seus braços a me envolver num caloroso abraço e seus lábios se abrindo num sorriso ingênuo, e uma simples certeza pairando no ar, de que naquele instante você é meu, eu sou sua e que, por pelo menos um momento, nada pode mudar isso...

A 450 km distante não é possível para você.

Continue vivendo seus dias intensamente, sorrindo e acenando para aqueles que passam pela sua vida. Você tem magia, tem algo em você que ainda não descobri, mas que apaixona, cativa...

Mas tenha uma certeza dentro de você. Eu ainda vou estar ai. E vou te querer pra mim.
Por enquanto, quando pensar que desejaria alguém que te queira, te deseje, te que adore, ou que te ame, que faça dos seus dias simples motivos para você sorrir. Pense em mim como alguém que mesmo longe consegue te oferecer tudo isso com o que há de mais belo e mais intenso dentro dela.

Apesar deu tudo eu sei que um dia você vai descobrir que pode ser feliz comigo... Eu sei que vai.



“Todo sopro de apaga uma chama, reacende o que for pra ficar” (Teatro Mágico)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Primeiro Post

“O que eu queria lhe dizer...” nasceu da idéia de tudo que já eu escrevi e que deixei arquivado em uma pasta esquecida no computador por medo/covardia de enviar a quem deveria.

Por aqui vocês encontrarão desabafos de um coração. Palavras que foram escritas para serem ditas à alguém e que direi secretamente por aqui. Encontrarão idéias que defendo e acredito. Paixões que guardo e levo pela vida. Perguntas, muitas delas sem resposta. Mas acima de tudo encontrarão alguém que vive cada instante tentando descobrir os motivos de sua existência. Alguém que ultimamente tem deixado de ser quem sempre acreditou que fosse, ou que está descobrindo quem verdadeiramente é e caindo na realidade que no fundo nunca foi quem imaginou que fosse. Alguém que procura sorrir sempre e caminhar com fé e esperança por um caminho que nem sempre é feliz e ensolarado, e que leva não sei pra onde...
(E que espera que seja para perto de você*...)
Espero que gostem e que aproveitem...
Um beijo
...