segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Só Não Demore Demais...

O que é um mês pra você?! A repetição de 30 dias iguais... É o hoje que foi ontem e que será o amanhã. Não. Não é. Hoje nada é como foi ontem... Não, hoje não é como ontem... Nem amanha será a repetição das horas que ontem se seguiram.
Da janela do meu mundo de dentro o cenário continua o mesmo. Eu continuo observando daqui as pessoas que passam, ouço as palavras que dizem, aceno, sorrio, e o tempo vai ficando para trás.
Mas hoje não é como ontem, nem haveria de ser...
O que existe no mundo de dentro não mudou. O mesmo sentimento, as mesmas esperanças. Enquanto houver uma chama acesa a fé reinará e os sonhos de nós dois permanecerão guardados, intactos - um delírio, uma paixão, um instante - ainda permanecerão dentro de mim.
Mas já não me cabe tentar lhe dizer as tantas palavras que insisto em escrever e que se perdem, ficam sem sentido e nada significam no seu mundo de dentro. Deixa pra lá não é?! Não faz diferença.
Eu já não vou me prolongar na repetição dos mesmos erros, na insistência da mesmice da espera pela procura de algo que eu não sei o que é, não sei onde fica, não sei se vai chegar, não sei se virá.
Os dias vão passando na repetição daquilo que foi outrora. Dentro de mim permanece tudo igual. Nada morreu. Nada morrerá. Nada de moveu. Nada mudou. Da janela do meu mundo de dentro eu continuo te seguindo pelas sombras escuras e frias, e você nem vê, nem percebe a minha presença. Deixa pra lá não é? Não faz diferença.
Num segundo qualquer perdido num tempo que passou e não volta eu procurei as saídas e não encontrei, já não mais chorei, nem me fiz as mesmas perguntas sem resposta... Apenas permaneci.
Talvez hoje, mas só talvez, um talvez bem vago e incerto eu tenha finalmente descoberto onde foi parar aquela menina que se perdeu, onde está a essência, onde foram parar minhas partes. Olhando pela janela, eu enxergo um mundo. Um mundo que não é meu, um mundo em que eu ainda não pertenço. E então entendo porque não posso sair... Da minha janela eu te enxergo, e então percebo que me perdi pra te encontrar, que me encontrei na perdição dos seus olhos cor de mel e viajei pro meu mundo de dentro perdido em alguma parte da sua vida, um canto qualquer, um ontem perdido nos dias que se seguiram no amanha...
Da janela do meu mundo de dentro eu vejo você acenando e sorrindo pras tantas vidas que passam e te cercam e então eu me pergunto quando chegará o dia que acenará e sorrirá pra mim e descobrirá que tudo o que você insistentemente procura, perde, encontra, esquece te espera mais perto do que imaginas. E te olhando daqui eu me pergunto quantas vidas ainda passarão por você ate que me descubras, ate que te descubras...
Meus dias não seguem na repetição das lágrimas de ontem. A ausência insistente, a solidão constante, a saudade devastadora. Me perdi em mim. Me encontrei em você. De onde eu não me acho agora só me resta esperar o dia que você trará o que é meu, a minha metade, as minhas partes que faltam... Só não demore demais. Os dias passam e já não como antes e eu sinto falta de você. E eu sinto falta de mim mesma. Eu sinto falta de nós dois.
"Quero você por inteiro e a minha metade de volta" (TM)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pensamentos Dispersos...

Belinha leu. Incentivou. Eu publiquei. (Valeu Belinha!!)
Não chega a ser um post. É um pensamento solto pela madrugada. Pra noite não terminar sem palavra.
"E então eu paro pra pensar que sempre existe em mim uma certeza de coisas que eu queria te dizer e não digo. E há sim tantas palavras por dizer, olhares pra trocar, cenas de uma história ainda não vivida. Coisas que eu mesma desenhei e escrevi e ensaiei um roteiro sozinha de uma vida à dois, de algo que não foi, um futuro que nunca chegará, um amanhã na essência dos dias jamais vividos.
Os sorrisos que não foram trocados. As conversas que não tivemos, as noites de sono, de amor, de sexo. Os lugares que jamais conhecemos. As fotos que nunca tiramos.
E tudo se foi. Acabou. Foi fim. Um fim de algo que nem teve começo. De algo que nunca foi porque nunca existiu.
Um fechar de olhos pra esquecer. Pra não lembrar. Pra tirar de mim. Pra te tirar de mim. E o que eu faço com esse enredo, com essa história, com as palavras que ficaram, os beijos que esperei, tudo que eu sinto e escondo, lamento, murmúrio, sonho.
E então eu viro a página e ta lá. Limpa, em branco, esperando um novo começo. A primeira palavra. A primeira oração. O primeiro pedido. Escrevo e re-escrevo, quantas vezes o papel deixar, até rasgar. Não dá.
No novo enredo já não há sorriso. Transborda ausência de mim e de você, saudade, espera, incerteza. Na essência do meu eu repleto de lembrança e teimosia, um pensar, sentir, sonhar que não se deve, um querer sem escolha, um amor sem opção. Na teimosia da não-aceitacão remexo as gavetas e releio o enredo antigo,onde tudo era mais bonito, onde havia sorrisos, vozes, verdades. Enquanto aqui há silêncio e mentiras que finjo acreditar.
Deixa o enredo novo pra lá. Há tanta incerteza pairando na essência. Vem cá. Arruma suas coisas. Deixa nas gavetas e cabides o que ficou pra trás. Arruma sua vida e me encaixa nos seus dias. Reserva um sorriso bonito, um abraço carinhoso. Aguarda ouvir as palavras que eu tanto guardo aqui comigo. Arruma suas coisas junto com as minhas. Sorri pra mim. Diz que sim. Arruma suas coisas e vem cá. Compartilha comigo esse enredo bonito só meu e seu. Vive minhas cenas e me deixa te assistir vivendo os seus dias comigo".

(Inspirado no blog Capim Santo escrito por Maely que conseguiu dizer tantas coisas que eu não compreendia por mim mesma. Thank’s!!)
"E a história que nem passou por nós, ainda, pronde é que foi?" (TM)

domingo, 20 de setembro de 2009

"... Enquanto Dorme o Mundo Lá Fora..."

E um dia as coisas simplesmente sumiram, desapareceram...

E aqui no meu mundo de dentro a menina que habitava não está mais. Os sonhos seguros foram levados pelo vendaval que passou e desarrumou tudo, deixou tudo de pernas pro ar...
Um constante processo de reconstrução e organização então começou. As gavetas reviraram e de cada canto re-surgiram lembranças, sonhos e momentos esquecidos...
Em um enorme saco de lixo preto eram selecionadas as coisas que já não fariam mais parte de mim, as fotos, os momentos, as lágrimas. Numa pequena caixa azul guardava o que permaneceria, os sorrisos, os abraços, os instantes...
Partes de mim faltavam como um quebra-cabeça onde se perdem peças e nos vazios existenciais re-surgia uma nova menina... Na essência de suas recentes descobertas, no secar das lágrimas choradas à pouco, do doer de seu coração triste...
E então, lentamente as coisas retornavam aos seus devidos lugares. Sonhos escondidos no criado-mudo, fotos penduradas no mural, pensamentos e perguntas soltas pelo ar, roupas e lembranças espalhadas pelo chão...
Muito do que eu fui já não sou mais... Muito do que eu sou ainda não sei... E então eu sigo procurando por algo que eu não sei o que é, caminhando para algum lugar que eu não sei aonde é, procurando alguém que não sei quem é, se sou eu ou ele, ou quem quer se seja, onde quer que esteja...
E enquanto isso eu vou ficando em meio à essa bagunça, por aqui mesmo, ouvindo as mesmas musicas, guardando todos os dias meus sonhos na gaveta, vivendo à companhia de alguém que insiste em dizer que sou eu mas que eu nem ao menos conheço, imaginando como seria se estivesse no mundo de fora, tentando descobrir se você estará lá quando eu sair, quando eu simplesmente conseguir sair daqui... E como diria a Menina das Palavras:


“É penoso e dói ser quem sou, me perguntar o que me pergunto, chegar às conclusões que chego. E é por isso que, enquanto dorme o mundo lá fora, eu permaneço de pé aqui dentro”

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Eu ainda vou estar ai....

Hoje eu li uma frase da Maíra Viana que conseguiu resumir o que páginas e páginas minhas de palavras jogadas e vomitadas não conseguiu sintetizar. E eu fiquei pensando que no final é sempre assim... A gente se arma e cria um escudo imaginário impedindo que novas possibilidades sejam criadas, que novos sorrisos surjam em nossas faces, que novos pensamentos invadam e comecem a vagar sem controle e que novos sentimentos preencham nossos corações de novos sonhos, fé e esperança renovadas... E ai por mais que a gente se cuide e se policie existe sempre um único instante em que a gente se desarma, se esquece e o destino encontra então uma brecha pra fazer o que é sua função: descontrolar nossas vidas, e brincar com nossos caminhos, colocando pedras, fazendo curvas e labirintos, onde tropeçamos nos perdemos e caímos... Mas no fundo, é como ela diz... “... Porém tudo o que desejamos é que alguém, em algum momento, esbarre em nós, derrube as certezas que carregamos e nos ajude a recolher o que ficou caído no chão...”

Você surgiu nesse momento, onde metade de mim era escudo e a outra metade desejo de que esse alguém insistisse em romper as barreiras, me desarmasse e tomasse conta de tudo em mim... Preenchesse meus vazios e tornasse meus dias mais alegres... Pegou na minha mão no único momento nos últimos tempos em que eu me encontrava desprevenida, desarmada, e isso não poderia ter acontecido. Foram 5 segundos, um toque suave, uma simples troca de olhares, e eu sabia que estava tudo perdido, sabia que então todos os meus contínuos esforços pra me manter segura no meu mundo solitário haviam ido por água abaixo... Mas mesmo sabendo que algo naquele exato instante havia mudado dentro de mim eu ainda acreditava, insistentemente e cegamente que mantinha o controle dos meus sentimentos e daquilo que desejava pra mim. Apesar de conseguir perder a razão por vários momentos, tomar decisões muitas vezes loucas para simplesmente conseguir te ver mais uma vez, eu sempre acreditei que tudo dentro de mim estava esclarecido, transparente, e acima de tudo sob controle.

E depois de tudo, do avesso que virou minha vida eu chego à simples conclusão que você faz falta nos meus dias, e eu acho muito engraçado como isso pode ser possível, se, afinal, você nunca esteve realmente presente nos meus dias para que pudesse fazer falta neles...

Mas ando aprendendo a compreender o incompreensível, e deixar de questionar todas àquelas coisas que no fundo sempre sabemos que não tem resposta. Perguntamos e então as indagações simplesmente continuam ecoando pelo infinito, sem mais, sem nada...

Você passou a povoar meus pensamentos constantemente, e sempre num segundo de dispersão tudo voava pra perto de você, e eu não tinha controle sobre isso, mas adorava quando tudo em mim recaia sobre nossos curtos momentos, nossos poucos beijos e abraços trocados, as conversas sem sentido, a amizade tentando ser conquistada, o começo de um desritmar do coração gostoso.

E então comecei a me dar conta de como algo em mim havia mudado, o sorriso sem sentido aberto só pela lembrança, o suspirar de saudade, a sensação de solidão na escuridão da madrugada...

Eu sabia que não podia sentir nada daquilo, e que não podia me permitir, mas tudo isso era sempre tão bom de ser sentido... E fui, devagar e aos pouquinhos me permitindo, indo... indo... indo...

E então nada mais era como antes. E nada mais era como deveria ser. Como eu gostaria que fosse. Como eu desejava que continuasse sendo.

E então optei por tudo isso de bonito que nascia em mim. E jurei que jamais desistiria da possibilidade de alimentar isso e fazer com que as coisas fossem, como agora meu coração desejava...

Mas um dia tudo se tornou distante, mais distante do que nunca... E ficou frio, escuro, solitário... E te via partindo cada segundo que se passava, e me via ali sem poder fazer nada... Sem saber o que fazer... Eu queria sair correndo e não te deixar partir... Dizer às coisas que há tanto tempo eu guardava e aguardava o instante certo para dizer... Mesmo uma parte de mim sabendo que não ia dar, que tudo em mim era sonho, ilusão, utopia.

Os dias ficaram então mais longos, mais ausentes de mim mesma, e cada dia aumentava mais minha angustia, cada dia o espaço de tempo entre os suspiros diminuía, a cada segundo as dores do coração diminuíram, mas diminuíram pelo simples fato de não haver mais espaço para que elas crescessem. E tudo dentro de mim ficou vazio. Enquanto eu só gostaria de poder estar ao seu lado.

A distância é cruel, me impediu de olhar mais para os seus olhos e te provar um pouco mais. Permitiu que você continuasse acreditando que eu não fazia diferença nenhuma. Me deixou insegura do que deveria ou não falar. Mas permitiu que tudo em mim aumentasse sem fim.

A distancia me manteve longe de você e eu sabia que enquanto isso não mudasse, tudo continuaria igual. A distância ainda me mantém longe de você. Mas agora você também aumenta essa distancia permanecendo ainda mais distante de mim.

A vida é longa, e os dias continuarão passando da mesma forma como antes... Apesar da distancia e da sua ausência e negação algo em mim se mantém aceso, com fé e esperança que um dia eu ainda possa te provar um pouco mais, sentir suas mãos percorrendo todo o meu corpo, seus olhos cor de mel olhando os meus castanhos profundamente, minhas mãos sentindo cada parte do seu corpo, a textura dos seus cabelos, um suspiro ao ouvido, o suor nos mantendo ainda mais unidos...

Continuo vivendo, não como antes... Mas todos os dias, ao amanhecer do sol e ao abrir dos olhos eu imagino sua doce voz me dizendo bom dia, seus braços a me envolver num caloroso abraço e seus lábios se abrindo num sorriso ingênuo, e uma simples certeza pairando no ar, de que naquele instante você é meu, eu sou sua e que, por pelo menos um momento, nada pode mudar isso...

A 450 km distante não é possível para você.

Continue vivendo seus dias intensamente, sorrindo e acenando para aqueles que passam pela sua vida. Você tem magia, tem algo em você que ainda não descobri, mas que apaixona, cativa...

Mas tenha uma certeza dentro de você. Eu ainda vou estar ai. E vou te querer pra mim.
Por enquanto, quando pensar que desejaria alguém que te queira, te deseje, te que adore, ou que te ame, que faça dos seus dias simples motivos para você sorrir. Pense em mim como alguém que mesmo longe consegue te oferecer tudo isso com o que há de mais belo e mais intenso dentro dela.

Apesar deu tudo eu sei que um dia você vai descobrir que pode ser feliz comigo... Eu sei que vai.



“Todo sopro de apaga uma chama, reacende o que for pra ficar” (Teatro Mágico)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Primeiro Post

“O que eu queria lhe dizer...” nasceu da idéia de tudo que já eu escrevi e que deixei arquivado em uma pasta esquecida no computador por medo/covardia de enviar a quem deveria.

Por aqui vocês encontrarão desabafos de um coração. Palavras que foram escritas para serem ditas à alguém e que direi secretamente por aqui. Encontrarão idéias que defendo e acredito. Paixões que guardo e levo pela vida. Perguntas, muitas delas sem resposta. Mas acima de tudo encontrarão alguém que vive cada instante tentando descobrir os motivos de sua existência. Alguém que ultimamente tem deixado de ser quem sempre acreditou que fosse, ou que está descobrindo quem verdadeiramente é e caindo na realidade que no fundo nunca foi quem imaginou que fosse. Alguém que procura sorrir sempre e caminhar com fé e esperança por um caminho que nem sempre é feliz e ensolarado, e que leva não sei pra onde...
(E que espera que seja para perto de você*...)
Espero que gostem e que aproveitem...
Um beijo
...